No final do século 19, através do investimento de cafeicultores, nasceu a indústria brasileira. Tímida e concentrada em São Paulo e Rio de Janeiro, manufaturava basicamente artigos de vestuário – no primeiro censo industrial realizado no Brasil, em 1907, o número de indústrias era de 3.258.
De 1930 a 1945, durante o primeiro governo de Getúlio Vargas, a indústria nacional foi impulsionada para diminuir a dependência externa do país. Mas se por um lado a industrialização se beneficiou com o fim da Segunda Guerra Mundial – uma Europa destruída precisava importar produtos industrializados –, a exportação de alimentos para estes países gerou uma crise de abastecimento interna, afetando diretamente os trabalhadores que vinham do campo em busca de oportunidades nas grandes cidades. O cenário piorava devido à alta inflação e péssimas condições de salubridade, que refletia em subnutrição, doenças e mortalidade, com altos índices de tuberculose, malária e paralisia infantil.